A rosácea é uma condição inflamatória crônica da pele que afeta principalmente o rosto, causando vermelhidão persistente, vasos dilatados, pápulas e sensação de ardência. Embora fatores externos como exposição solar, álcool e estresse sejam conhecidos como gatilhos, pesquisas recentes revelam uma conexão profunda entre a rosácea e o microbioma intestinal. Entender essa relação pode ser o primeiro passo para controlar os sintomas de forma mais eficaz e natural.
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ToggleO que é o microbioma intestinal e como ele afeta a pele?
O microbioma intestinal é composto por trilhões de microrganismos que vivem no trato digestivo e desempenham funções essenciais para a saúde. Além de auxiliar na digestão, ele regula o sistema imunológico e influencia diretamente os processos inflamatórios do corpo. Quando há desequilíbrio na flora intestinal, conhecido como disbiose, o organismo pode reagir com inflamações sistêmicas, que se manifestam inclusive na pele.
Estudos indicam que pessoas com rosácea apresentam maior incidência de distúrbios gastrointestinais, como SIBO (supercrescimento bacteriano no intestino delgado), síndrome do intestino irritável e infecções por Helicobacter pylori. Também é comum a redução de bactérias benéficas e o aumento de espécies inflamatórias no intestino.
Probióticos: como eles podem ajudar no controle da rosácea
Os probióticos são microrganismos vivos que, quando consumidos em quantidades adequadas, restauram o equilíbrio do microbioma intestinal. Eles atuam de três formas principais:
- Reduzem a inflamação: Diminuindo os sinais inflamatórios que podem desencadear crises de rosácea.
- Fortalecem a barreira intestinal: Evitando que toxinas e bactérias indesejadas entrem na corrente sanguínea.
- Modulam a resposta imunológica: Acalmando a resposta exagerada do sistema imune que caracteriza a rosácea.
Estudos mostram que cepas específicas como a Lactobacillus rhamnosus GG e a Bifidobacterium lactis podem ser especialmente eficazes na melhora dos sintomas.
Além dos suplementos orais, produtos tópicos com probióticos também estão sendo utilizados para reequilibrar a microbiota da própria pele, reduzindo a sensibilidade e a vermelhidão.
Incluir alimentos fermentados na dieta é uma forma prática e saborosa de consumir probióticos diariamente.
Alimentos fermentados que valem incluir na rotina (favorecem a saúde intestinal e da pele)
Se você quer trazer probióticos de forma natural para o dia a dia, alguns alimentos fermentados podem ser grandes aliados:
- Iogurte natural (prefira sem açúcar e, se possível, com culturas vivas).
- Kefir de leite ou de água.
- Kombucha, uma bebida fermentada à base de chá.
- Chucrute (repolho fermentado) ou kimchi (tradicional da culinária coreana).
- Missô (pasta de soja fermentada, comum na culinária japonesa).
Esses alimentos, além de ajudarem o intestino, podem ter reflexos positivos na pele. Mas atenção: quem tem rosácea deve observar como cada alimento se comporta no seu corpo, já que alguns condimentos ou fermentados muito fortes podem ser gatilhos individuais.
Suplementos que podem ajudar no tratamento da rosácea
Além dos probióticos, outros suplementos podem contribuir para o controle da rosácea:
- Ômega 3 (EPA/DHA): ação anti-inflamatória potente
- Zinco: auxilia na cicatrização e modulação imunológica
- Vitamina D: fortalece a barreira cutânea e regula a inflamação
- Prebióticos: alimentam as bactérias boas do intestino
É importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.
Cuidados complementares para quem tem rosácea
Adotar hábitos saudáveis é essencial para manter a pele equilibrada e reduzir crises de rosácea. Algumas recomendações incluem:
- Evitar alimentos ultraprocessados, açúcar refinado e bebidas alcoólicas
- Priorizar alimentos ricos em fibras prebióticas, como banana verde, aveia e alho
- Utilizar dermocosméticos suaves, sem fragrância e com ação calmante
- Aplicar protetor solar físico diariamente
- Praticar atividades que reduzam o estresse, como meditação e yoga
Conclusão
A rosácea é uma condição que reflete desequilíbrios internos, especialmente no intestino. Cuidar do microbioma intestinal por meio de probióticos, alimentação equilibrada e suplementação pode ser uma estratégia eficaz para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Investir em saúde intestinal é investir na saúde da pele — e os resultados podem surpreender.
FAQs sobre Rosácea e Probióticos
1. Em quanto tempo posso ver resultados com probióticos?
Os resultados variam, mas muitos pacientes notam melhoras significativas na vermelhidão e nas pápulas em cerca de 4 a 12 semanas.
2. Probióticos podem ter efeitos colaterais?
A maioria das pessoas tolera bem os probióticos. Em alguns casos, pode ocorrer inchaço ou gases leves no início, mas esses sintomas geralmente desaparecem com o tempo.
3. Preciso de acompanhamento médico para usar probióticos?
Sim, é fundamental consultar um dermatologista ou nutricionista para um plano de tratamento personalizado.
4. Qual a diferença entre probióticos, prebióticos e pós-bióticos?
- Probióticos são as bactérias “boas” que colonizam o intestino.
- Prebióticos são os “alimentos” dessas bactérias (fibras que elas fermentam).
- Pós-bióticos são os compostos bioativos produzidos por essas bactérias, como os ácidos graxos de cadeia curta, que trazem benefícios para a saúde.
5. Posso usar probióticos tópicos e orais ao mesmo tempo?
Sim, essa é uma estratégia complementar e muito eficaz. Os probióticos orais agem no intestino, tratando a causa interna da inflamação. Já os probióticos tópicos (aplicados na pele) ajudam a reequilibrar a microbiota cutânea, fortalecendo a barreira da pele e acalmando a inflamação local. A combinação dos dois pode trazer resultados mais rápidos e abrangentes.
Lembre-se sempre de consultar um dermatologista antes de usar ou comprar algo para sua pele.

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Criadora do Rosácea Grupo
Vanessa Gomes






